No ano em que completa dez anos da iniciativa Nascentes da Crise, o mineiro Diego Gazola vai embarcar para uma nova expedição sobre o ciclo da água e as mudanças climáticas no Planeta.

Varginhense vai pesquisar a influência da Patagônia na regulação do clima do Brasil

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A décima etapa do projeto de pesquisa tem início nesta quinta (12), e durante um mês vai buscar vivenciar a rota prioritária das massas de ar frio que originam na Antártida e adentram na América do Sul pela Patagônia chilena e argentina.

Este fenômeno natural ao se deslocar para a região central do continente, canaliza as massas de ar quente e úmido advindas da Amazônia, influenciando na formação de chuvas, principalmente durante o verão.

O Reality Nascentes da Crise nesta décima edição vai ter início em Santiago, a capital do Chile, e tem como meta encerrar em Ushuaia, na Argentina. A cidade é o núcleo urbano localizado no ponto mais ao sul (meridional) do planeta.

O deslocamento de cerca de 4.000 quilômetros entre os dois pontos, tanto por estradas quanto rios e mares, vai buscar cruzar dados de geografia, hidrografia, climatologia, entre outras ciências.

O objetivo é a realização de postagens nas redes sociais em tempo real, de forma a simplificar ao máximo quanto seja possível, temas complexos para o melhor entendimento do público em geral.

Ao final da expedição, assim como em todas as etapas anteriores, um videodocumentário síntese sobre a viagem vai ser editado e disponibilizado no site oficial do projeto.

Etapas Anteriores na Argentina e no Chile

Essa não é a primeira vez que os dois países são abordados dentro do Nascentes da Crise.

A segunda etapa abordou a foz do rio da Prata na fronteira entre o Uruguai e a Argentina e foi produzida em dezembro de 2016. Ali encontra a segunda maior desembocadura de água doce da América do Sul. A região recebe praticamente a totalidade das águas “exportadas” pela Amazônia por meio dos “rios voadores” e são drenadas através de centenas de rios do centro-sul da América do Sul. O documentário apresenta duas das dezenas de comunidades que vivem nas ilhas no meio do rio da Prata, assim como registra a visita do pesquisador a Dolores, cidade que foi devastada pelo mais impactante tornado já registrado no continente.

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O filme (14’40”) está disponível diretamente pelo link: https://youtu.be/Em0H13MAdtQ

Na terceira etapa, em abril de 2017, foi pesquisado o deserto mais árido do planeta. Localizado no norte do Chile, o Atacama está na mesma latitude média da cidade de São Paulo e de praticamente toda a região sudeste do Brasil. Nessa mesma latitude, na altura do Trópico de Capricórnio, estão outros grandes desertos do Hemisfério Sul como o Central da Austrália na Oceania e o Kalahari que compreende parte da Namíbia, Botswana, África do Sul e Angola na África. O documentário expõe reflexões sobre o gradativo desmatamento, e o desconhecido, polêmico e quase silencioso processo de desertificação do centro-sul da América do Sul.
O filme (8’34”) está disponível diretamente pelo link: https://youtu.be/GDt8-GQsvoE

Já a quinta etapa foi produzida em territórios do Paraguai e da Argentina, em fevereiro de 2019, entre Asunción no Paraguai e Córdoba na Argentina. O entorno do rio Paraguai e rio Paraná concentram as tempestades mais severas do Planeta, segundo a revista científica Nature. Nesta região os sistemas de chuvas estão fortemente correlacionados ao choque entre o fluxo de umidade que provém da Amazônia e às frentes frias e secas que chegam da Antártida.
O filme (13’46”) está disponível diretamente pelo link: https://youtu.be/Uqymih4r4Bs

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Sobre o Pesquisador

Durante os últimos 22 anos, Diego Gazola viajou para todos os estados brasileiros e cerca de 40 países realizando pesquisas de conteúdo para a produção dos guias de viagem da editora Empresa das Artes. Em paralelo, também acaba por desenvolver outros projetos para a Muda de Ideia, um negócio de impacto socioambiental que empreende desde 2002.

Em 2014 foi produtor e apresentador do Reality Expedición RCN Brasil para a TV colombiana RCN. Durante a expedição, que percorreu de Bogotá até o Rio de Janeiro, ele teve a oportunidade de compartilhar o seu olhar em um roteiro de quase dez mil quilômetros rumo à Copa do Mundo de Futebol. Naquela ocasião, pela primeira vez, cruzou por estrada no Peru, uma das transições entre os biomas andino e amazônico.

Participou ainda das Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas na Dinamarca (COP15), no México (COP16), África do Sul (COP17), Brasil (Rio+20) e França (COP21). Durante o Fórum Mundial da Água em Brasília contribuiu em um debate sobre rios transfronteiriços.

Tem integrado grupos de estudo sobre o tema Água e busca sempre relacionar os seus projetos com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (17 ODS).

Mais Informações

Desde 2014 o Nascentes da Crise é transmitido em tempo real pelas mídias sociais: Instagram, Facebook e pelo Twitter (atual X), sempre pela #nascentesdacrise

As sínteses das expedições posteriormente são compiladas em videodocumentários. Até o momento resultaram em nove filmes produzidos em nove países. Todas as sinopses e links do YouTube estão disponibilizados gratuitamente pelo site: www.nascentesdacrise.com.br

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