Immanuel Kant e Jeremy Bentham representam duas correntes filosóficas distintas e, por vezes, opostas em relação à ética e à moralidade. Enquanto Kant defendia uma abordagem deontológica, centrada em princípios e deveres, Bentham era um dos fundadores do utilitarismo, que prioriza as consequências das ações.
Kant acreditava que a moralidade está fundamentada em categorias universais e racionais que devem ser seguidas independentemente das consequências.
Para ele, a ação moral é aquela que pode ser universalizada, ou seja, que pode ser aplicada a todos. Em sua obra “Crítica da Razão Prática”, Kant defende que devemos agir segundo máximas que possam se tornar leis universais. Para Kant, a intenção por trás da ação é o que realmente importa. Assim, se uma ação é feita com um bom propósito, ela é considerada moralmente correta, independentemente de seus resultados.
Por outro lado, Jeremy Bentham, em sua obra “Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação”, introduziu o princípio da utilidade, que propõe que a moralidade de uma ação deve ser avaliada com base em suas consequências para a felicidade e o bem-estar dos indivíduos afetados.
Para Bentham, a ação correta é aquela que produz o maior bem para o maior número de pessoas. Essa abordagem utilitarista avalia a moralidade pela soma de prazer e dor gerada pelas ações, fazendo da busca pela maximização do prazer e minimização da dor o seu critério central.
Dessa forma, enquanto Kant defendia a ideia de que a ação correta é aquela que se alinha a um dever moral universal, Bentham argumentava que a moralidade deve ser julgada pelas consequências práticas das ações. Ambos os filósofos trazem contribuições valiosas para a ética, mas suas visões distintas levantam questões importantes sobre a natureza do que significa agir moralmente.
Portanto, não se pode afirmar que um estava “certo” ou “errado”, pois suas abordagens refletem diferentes aspectos da experiência humana e da moral. A ética kantiana oferece um fundamento sólido para a defesa de direitos e deveres, enquanto o utilitarismo de Bentham proporciona uma perspectiva prática e orientada para resultados.
A escolha entre eles pode depender do contexto e das prioridades individuais ou coletivas em situações específicas.
Em um mundo onde o brilho do ouro muitas vezes ofusca os valores mais essenciais, é fundamental reconhecer e enaltecer aqueles que, com bravura e dignidade, colocam a honra, a coragem e o trabalho árduo acima do poder do dinheiro e da maldade.
Essas são as pessoas que, como faróis em meio à tempestade, nos mostram que a verdadeira riqueza reside em ações e convicções, e não em cifras ou status.
A honra é um atributo que vai além das posses materiais; é a base de uma vida íntegra e respeitável. Aqueles que a cultivam são os que, em cada escolha, buscam o que é justo e verdadeiro.
Eles nos ensinam que, mesmo diante de adversidades, é possível manter-se firme em princípios éticos, garantindo que suas palavras e ações sejam sempre coerentes.
A coragem, por sua vez, é uma qualidade admirável que impulsiona esses indivíduos a enfrentar desafios, muitas vezes em situações que parecem insuperáveis. Eles não se intimidam diante do poder do dinheiro, que muitas vezes tenta comprar a consciência e a lealdade. Em vez disso, levantam a voz contra a injustiça, defendendo os que não têm voz e lutando por um mundo mais equitativo. A coragem é o combustível que alimenta a esperança e a mudança.
E, claro, o trabalho. O trabalho honesto é uma expressão de amor e dedicação. É através dele que se constrói o futuro, que se realiza sonhos e se transforma a realidade.
Aqueles que se dedicam com afinco, independentemente da natureza de sua atividade, são os verdadeiros arquitetos de um mundo melhor. Eles nos mostram que cada esforço vale a pena, que cada tarefa cumprida com afinco é um passo em direção a um legado de integridade e respeito.
Portanto, celebremos esses guerreiros anônimos que, muitas vezes, operam nas sombras, mas cuja luz brilha intensamente em seus atos cotidianos.
Que possamos aprender com eles e nos inspirar a valorizar a honra, a coragem e o trabalho em nossas próprias vidas. Que a maldade e a avareza não nos definam, mas que, ao contrário, sejamos guiados pelos princípios que realmente importam, construindo um caminho de dignidade e respeito mútuo. Afinal, é na simplicidade e na pureza de nossas ações que reside a verdadeira grandeza da humanidade.
Nosso texto é categoricamente um desagravo de maneira mitigada e subliminar, até quando o manteremos assim, depende dos homens poderosos ou até mesmo daqueles juristas cientes que “fora da lei não há salvação”. A guisa de ilustração, redarguimos convictos que só se dobra os joelhos para Jesus Cristo.
Perder coisas materiais incomoda, pois, subtrai do seu patrimônio algo ou tudo, que você ganhou com seu suor, entretanto, nada é mais grave e triste do que perder a honra, afinal, ela você tem a obrigação de possuir.
Há pessoas, extremamente inteligentes, que parecem ter a mão podre para fazer seu próprio negócio prosperar. Tomam prejuízos, confiam cegamente nas pessoas, não sabem falar não, fazem justiça além do que precisa, entregam mais qualidade do que foi vendido, não se arvoram a ganhar muito de alguém que vai perder tudo.
Outras conseguem um bom nicho de mercado, têm atitudes que combinam com às técnicas básicas para obterem abundância, agarra-se até aos centavos como se fossem troféus; nota dez de competência negocial e econômica e, às vezes, zero de escrúpulos. Alguns têm o dom inato para prosperar através de seu trabalho ou talento singular.
Uma pequena parte recebe herança, costumam dobra-las de tamanho e uns, gastam-na em pouco tempo. Há àqueles, que não deixam o cavalo arreado passar, nem que tenha que matar o dono dele.
Acontece que nem sempre é possível tudo que almejamos na terra, mas com honra ou sem honra, depois de morto, iremos para a mansão dos mortos e se, eventualmente formos lembrados, será do mesmo jeito: “coitados”! “triste né”? “gente boa”! “Morreu do que”? “Bem, chegou a hora”! Não acreditamos no inferno literalmente, como narram algumas religiões, contudo, certamente haverá almas livres, felizes e na glória do Pai e muitas encarceradas e tristes, cumprindo penas.
Louvado seja Deus misericordioso e justo!
Luiz Fernando Alfredo.
Janeiro/2025
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