Autismo

Você conhece o Ricardo?

publicidade

 

Já há algumas semanas, minha esposa acompanha os stories de um “tal Ricardo”. Tik Tok, X, Facebook, não sei.

Eu fico do lado, também mexendo no celular. Às vezes, ouvia algumas coisas que o rapaz falava.

Comecei a reconhecer a voz do Ricardo e da mãe dele, dona Dalva Tabachi. É o maior barato.

O cara tem pouco mais de 30 anos e mora com a mãe. É um poço de pureza, mas de bobo não tem nada. Traz todas as respostas na ponta da língua. É crítico pra dedéu, mas sem nenhuma malícia.

Ricardo é uma pessoa com transtorno do espectro autista (TEA).

Fã de bolacha waffle Piraquê de morango, fez o doce sumir das gôndolas dos supermercados do Rio de Janeiro, depois que um vídeo sobre a bolacha viralizou.

Todo mundo queria conhecer o gosto da waffle. Tem que ser da Piraquê. E de morango, de limão não serve -como ele falou outro dia. Foi feita até uma campanha para a empresa contratá-lo como garoto-propaganda da bolacha. Pergunta se a minha esposa não comprou para conhecer o gosto.

Leia Também:  UTI pediátrica do Hospital Regional de Varginha já salvou a vida de dez crianças

Em outro vídeo ele diz que “quer ser fã” do Bruno & Marrone. Diz que quer almoçar, jantar e fazer lanche com “ele”.

A mãe pergunta: “E quem vai pagar?”.

O Ricardo: “Ele”.

O vídeo fez tanto sucesso, que a dupla convidou Ricardo para um show e jantar.

O mais bacana é o relacionamento dele com a mãe. Dona Dalva escreveu um livro dizendo como é criar uma pessoa com autismo, “Mãe me ensina a conversar”. Depois escreveu outro, “Mãe eu tenho direito”, para orientar outras mães.

 

 

Em um vídeo, dona Dalva fala das dificuldades na criação de Ricardo. Conta que, de repente eles estão em um local público e Ricardo levanta muito a voz. Só que, para ele, falar naquela altura em público é normal.

Ela espera, com os vídeos, servir com exemplo para mais pais que têm filhos com autismo.

E os fãs curtem. Ricardo fala mais do que lavadeira sem sabão. É ingênuo e sincero, muito sincero. Talvez até demais.

Leia Também:  Gripe: campanha de vacinação acaba nesta quarta (31)

Em um vídeo, pergunta por que o peito da mãe é caído. Ela responde, no meio de uma gargalhada, que ele mamou muito.

Em outro vídeo, Ricardo fala que trabalha (acho que em uma confecção dos pais). Ele conta que sabe separar os botões pela cor: “Vermelho, amarelo…”.

Aí, no vídeo seguinte, solta outra sinceridade. Diz que não gosta de trabalhar e que vai ficar em casa. “Fica comigo, mãe?”.

Não deixa de conhecer!

O canal do Ricardo (clique aqui).

E o canal da mãe dele (aqui).

 

Veja também

 

Via Café Shopping Center disponibiliza vagas para pessoas com autismo

COMENTE ABAIXO:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade