Turismo

Quem atende melhor: paulista ou mineiro?

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Atenção: guardem as armas. Essa é apenas uma crítica bem humorada sobre uma das cidades que este jornalista mais curte!!! Nada mais.

 

No longínquo fim de ano passado fui a São Paulo com minha família. Visitamos a Estação da Luz, o Memorial da Resistência, a Sala de Concertos São Paulo, o Bairro da Liberdade e o MASP (pela décima vez, meus filhos nem podem ouvir falar em MASP que arrepiam…).

Também demos uma chegada à vizinha São Roque, conhecer uma exposição de mais de 150 carros e motos antigos, programa excelente.

Depois de rodar tanto, a gente começa a implicar com alguns hábitos da cultura alheia.

 

 

O sotaque paulistano não me incomoda. O que me contraria é a cara de paisagem dos funcionários em bares, lojas e lanchonetes. Parece que não atendem mineiros.

E o jeito de falar de patricinhas e de tribos alternativas carentes. A impressão é a de que imploram para você olhar para eles e se “assustar” com o visual e comportamento pueris.

Não consigo me acostumar com a pressa no atendimento em SP -que muitas vezes pode ser interpretada como falta de educação.

Depois, conversando com os balconistas, alguns abrem o sorriso. E invariavelmente contam a mesma história: moram na periferia, andam de 3 a 4 horas de ônibus todo dia e recebem salário baixo. Aí você compreende o motivo do mau humor.

No dia seguinte voltamos para tomar café no mesmo local. Cumprimentei. E a mesma cara…

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Brava

Meu filho e eu encontramos um restaurante escondido na Liberdade que é um achado. Preço mais ou menos justo, comida excelente. Mas todos alertavam no aplicativo: “Cuidado com a dona porque ela é muito brava”.

Chegamos na maciota, fizemos o pedido e levamos para o hotel. Para nossa surpresa, a senhorinha nos atendeu de boa, explicou o que eram os pratos. Só não mostrou os dentes. E a comida é deliciosa (o restaurante se chama Sweet Heart e fica em um beco, sem placa nem nada).

Museus

Nos museus a vibe é melhor. Ali você encontra pessoas que vivem outra realidade. Podem até ser mal remunerados, mas trabalham com algo que gostam: cultura. Também gostam de fazer cara de inteligente, mas pelo menos são mais educados.

Memorial da Resistência vale a pena? Vale demais!!!

Sala São Paulo vale a pena? Vale muito!!!

MASP vale a pena? Pode voltar que sempre vale a pena!!!

Pinacoteca vale? Sim, senhor!!!

 

Mimimi

Volta pro comércio. Quando a gente ia almoçar, fazer lanche, comprar algo, já estávamos preparados para a falta de educação dos “paulistaneses”.

Principalmente nos 472 cafés e restaurantes instagramáveis da Liberdade. Vixe.

Que me desculpem os muitos amigos paulistas e paulistanos que temos, mas foi uma imersão com muita gente chata ao mesmo tempo, “antenados” demais da conta. Do tipo que exige respeito ao máximo, mas reclama alto se o cliente fizer alguma pergunta. Qualquer uma. Acho que demos azar.

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Nem o pão de queijo nem o café do 89 valem a pena… Mas pede o wrap e o doce de pistache, benzaDeus.

Uai

Corta para a volta a Minas. Logo na divisa, a primeira diferença: o asfalto, até então transitável, fica uma porcaria em território caseiro. Cheio de buracos e remendos.

Mas a paisagem começa a ficar mais bonita (ou é a memória afetiva falando mais alto).

Muitas árvores, muito verde, um ar respirável.

Bate a fome, paramos em Pouso Alto. Churrascaria Para Pedro.

 

 

 

Pedimos o churrasco da casa -e a família inteira ficou de boca aberta. Com a quantidade de comida, o preço infinitamente melhor do que em SP, batata frita de refil (minha filha repetiu 5 vezes!!!!!) e o principal: a todo momento, os garçons perguntavam se faltava alguma coisa e se estávamos gostando.

“Cês são de onde?”; “Gostaram da comida?”; “Tão indo pra onde?”; “A comida tá boa?”; “Fizeram boa viagem?”; “Quer mais batata?”.

“Estamos em casa de novo”, pensei.

(Para quem se interessou, o telefone da churrascaria é [35] 3364-1276).

Opa

O leitor Cassiano Maçaneiro quer saber como fui parar em Pouso Alto voltando de SP pra Varginha. É que passamos em São Lourenço.

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Dicas do blog para “fugir” do carnaval: Liberdade

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Respostas de 4

  1. concordo plenamente com voce ! Eu morei no municipio Flora a muitos anos , atualmente moro em Sao Paulo , ja faz trinta e um anos que estou aqui nao me acostumo com esse povo mau educado, so falta passar por cima da gente com esse celular na cara , ate o pessoal da periferia sao esnobes e nojentos . Quando viajo com a minha esposa para casa de parentes mato saudades do tempo que eu circulava por essas regioes e respirar o ar puro e ver o povo acolhedor e comer uma boa comida mineira sempre que posso vou para a regiao , so nao na Flora porque ja nao tenho mais parente la , infelizmente … mas tenho saudades daquele tempo !

  2. Prezado Madeira,

    Sou mineira e discordo plenamente dos seus comentários sobre a tão querida terra da garoa.
    Adoro ler matérias sobre outros estados e suas diversidades, mas acho que desta vez vc não foi tão feliz na sua viagem e na escolha dos seus passeios. Ou já foi com o coração fechado para encarar os ilustres paulistanos. Rsrs

    Aquele povo é porreta, em tudo o que faz e tudo vai pra frente, terra dinâmica cheia de gente que quer progredir. Lá não tem restaurante que fecha para o almoço como aqui em Minas…kkkk. E o povo de lá é criativo, cheio de energia e cultura de sobra que arrastam multidões de mineiros semanalmente para curtir a noite paulistana. Outra coisa, vc sabia que o maior número de imigrantes em SP são os mineiros? Será que vc não foi atendido por um deles??? Kkkk
    Vamos fazer um desafio? Peça para um paulistano sair aqui, pode até escolher Varginha mesmo como destino e peça pra ele fazer um tour no comércio local e vc ouvirá algo bem diferente do seu relato.
    O povo de varginha é ruim de atendimento, povo mal-humorado, que acha que eles estão fazendo um favor pra gente em nos servir. Posso até concordar que o mineiro é receptivo, mas não o mineiro de Varginha.
    Acho que antes de vc se posicionar ou expor esse tipo de assunto, vale a pena explorar a sua própria terra!
    Fica aqui o meu desafio e espero que sua próxima viagem seja mais leve e mais divertida do que essa que vc fez!
    Abraços

    NOTA DO BLOG: AMCALI, fiz o texto em formato de humor, mas lógico que deixei transparecer que achei gente muito chata na viagem. Não me irrita o sotaque, nem o eterno nariz entupido dos paulistanos (minha afilhada se mudou para SP depois que se casou e hoje fala com sotaque e Dariz Endubido, hehehe).
    Pelo contrário. Gosto das respostas rápidas e pensamento ligeiro.
    E não fui com o coração fechado, adoro Sampa.
    Infelizmente tenho que concordar com você quanto ao comércio de Varginha. Eu mesmo já citei isso aqui no blog e já pedi para o antigo presidente da ACIV e, agora, para o atual, que façam cursos para os comerciários. Pode ser o mesmo problema, remuneração baixa, algo assim. Várias vezes fiquei me olhando no espelho para ver se estava com roupa de “mendigo” (não pode mais falar essa palavra), porque tem loja que o pessoal não atende mesmo.
    Fomos em um shopping nessa viagem e minha filha mostrou uma loja onde só vai gente muito rica. entrei pra ver se me atendiam, uma moça me abordou assim que entrei. Perguntei o preço de um perfume que gosto (Bvlgari), lamentei não ter dinheiro pra comprar e saí. Do lado de fora, a família Buscapé perguntou: “E aí, te atenderam?”. Hahahahha…
    Ah, tem outra coisa que não citei na matéria: a gente foi em período de férias escolares, entre Natal e réveillon.
    Gostei do seu comentário. Queria conversar com você de novo.
    P.S.: Ah, como prova de que não fiz a matéria pra reclamar de SP, vc percebeu o lance do asfalto? é brincadeira, chegou em Minas, começam os buracos…….
    Leia as outras matérias linkadas nesta pra vc ver o que falei de São Roque, dos passeios que fizemos, blz? Abraço!!! 😉

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