Candidatos à vereança, já em plena atividade, iniciam o corpo a corpo pela cidade. Eu, dentro de meu humilde modo de ser, cá me apresso a dar o mapa da mina para V, que pretende conseguir minha adesão. Sugiro brindes promocionais em forma de atitudes, amostras grátis do que V. pretende fazer pela municipalidade, caso eleito.
Meus modestos problemas, cá estão:
Problema 1)
Minha rua (moro no Centro) persiste perpetuamente suja, jamais varrida e severamente esburacada; em dois anos, desde que por aqui me fixei, nunca vi um gari, muito menos uma vassoura municipal em sua higiênica função.
Problema 2
Cachorros presos em quintais, latindo de madrugada, ininterruptamente, com provável fome. É de cortar o coração.
Problema 3
Alunos marmanjos (e principalmente marmanjas) que saem da escola Brasil, hora do almoço, e ficam jogando bola à rua Silva Bittencourt, acertando carros estacionados e janelas. Em resposta à minha denúncia, a prefeitura me informa que o caso é de alçada estadual; Belo Horizonte me explica que, fora da escola, o assunto é da guarda municipal, que mais do que depressa me encaminha à Polícia, onde aprendo, através do sargento ao telefone, que se trata de um “assunto cultural” (sic) e que sua corporação está concentrada em perseguir bandidos.
Problema 4
Outro de meus ínfimos problemas refere-se a uma vizinha com terreno baldio, que forma selvagem matagal. A proprietária tem por hábito só capinar mediante intimação da guarda municipal, o que ocorre aproximadamente de 4 em 4 meses (quando a referida Guarda é provocada pela Ouvidoria Municipal, atendendo a pedidos da vizinhança).
O serviço é invariavelmente feito pela metade: o entulho não é descartado – e, acumulado, vira mato seco, que dá origem a pequenos incêndios periódicos. Em dois anos, já testemunhei três. Acionados, os bombeiros costumam chegar meia hora depois, quando o fogo já devorou tudo o que havia (nos três microincêndios, apenas o entulho, graças a Deus). Sorte dos motoristas que, avisados a tempo, tiram o carro das imediações.
Mãos à obra, candidato, não bastam simpatia e sorrisos, mostre interesse pelo cargo que pleiteia, e após eleito, não cruze os braços, faça jus ao voto de confiança do eleitor que apostou em você.
Conheça o autor
Marcos Resende é COMUNICÓLOGO Graduado em Ciência da Comunicação www.marcosresende.com.br
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Respostas de 6
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Somos uma roça, com custo de capital.
CIDADE DAS APARÊNCIAS.
Parabéns, realmente a cidade está um caos. Matagal na cidade, na minha rua, olha que moro à 100 metros do centro, os moradores que estão pagando para capinar. Sujeira em todo lugar. Mas ano de eleições eles querem mostrar serviços em outros lugares.
Bem vindo!