O texto é da leitora Natalina Coppi. Ela fala sobre uma das principais empresas que já passaram por Varginha, a Companhia Brasileira de Caldeiras (CBC). Olha que legal o testemunho:
Esta firma (que passou a denominar-se Companhia Brasileira de Caldeiras e Equipamentos Pesados) era considerada uma das maiores potências do Brasil, com mais de mil e quinhentos funcionários.
Era de propriedade do Sr. Fritz Geissler, pai do Sr. Carlos, que venderam tudo para a Mitsubishi do Japão, foram para o Estado do Rio de Janeiro e abriram outra firma em Duque de Caxias, sendo transferida posteriormente para a cidade de Nova Iguaçu, também no Rio.
Tio Joel era um exímio torneiro mecânico (capaz de tornear perfeitas miniaturas em peças de aço) e funcionário de extrema confiança dos patrões na antiga CBC, sendo levado pelos mesmos para o Rio de Janeiro.
A CBC foi a responsável pela construção da Rodovia do Contorno, em Varginha.
Como construía caldeiras de grande porte, quando da entrega das mesmas, o caminhão tinha que passar pela Rua Santa Cruz, centro da cidade, Jardim Andere, sentido Rodovia Fernão Dias. Para isso, ia na frente um carro da Cemig, cortando os fios de eletricidade e atrás outro carro emendando os mesmos (face à altura e largura da carga). Por isso foi construída a Avenida do Contorno, para sair do trânsito no centro da cidade.
Aliás, quando em trânsito na Rodovia Fernão Dias (que só tinha uma pista para os dois sentidos), também tinha que ser acompanhado por batedores da Polícia Federal, que interrompia o trânsito da pista contrária ( as caldeiras ultrapassavam mais da metade da pista, face à largura da carga). Era bastante difícil.