Reflexões sobre o Papa Francisco

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Você sabia que houve quem torcesse pela morte do Papa Francisco nas redes sociais? Desejar a morte de alguém “não é de bom tom”. Ainda mais quando se trata de um papa, especialmente o mais progressista da história, isso ganha outra dimensão.

O papel de um papa é orientar moralmente os fiéis em questões teológicas, sociais e éticas. Francisco fez isso com uma abordagem liberal e progressista, o que gerou discursos de ódio na internet, onde muito covarde se esconde atrás de uma tela para destilar intolerância.

Mas Francisco sempre agiu com cautela, quase como um político mineiro. Ele concedeu aos padres o poder de absolver o pecado do aborto para quem pedisse perdão, mas manteve sua posição contrária ao aborto. Sobre os gays, afirmou que não podia julgá-los e destacou que o catecismo da Igreja Católica orienta a não discriminar, mas integrar essas pessoas à sociedade. No entanto, ele não apoiava o casamento gay na Igreja, defendendo, em vez disso, a união civil para garantir direitos legais.

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Em um dos temas mais delicados para a Igreja Católica, Francisco foi enfático: tolerância zero para casos de abusos contra menores ou vulneráveis. Ele pediu que essa realidade, misto de covardia, doença e perversão, nunca fosse escondida, o que lhe rendeu muitos inimigos.

Francisco conseguia equilibrar opiniões duras e liberais sem romper diretamente com a tradição da Santa Sé. Isso é política, mas ele nunca poderia ser comparado a um político no sentido que, infelizmente, a gente conhece bem.
Jorge Bergoglio, nomeado papa em 2013, conquistou o mundo não apenas pelo cargo, mas pela simplicidade.

Quando visitei a Argentina pela primeira vez com minha esposa em 2014, era claro: naquele momento os portenhos tinham mais orgulho do papa do que de Maradona. Ele dispensava o carro oficial, usava metrô, morava em um apartamento simples, onde fazia suas próprias refeições. Visitava os pobres nas vilas, na periferia.

Esse jeito de ser, para alguns, poderia ser chamado de populismo ou até peronismo. Mas, ao contrário dos políticos, Francisco fazia tudo isso sem esperar nada em troca. Não à toa escolheu o nome de São Francisco de Assis, o “santo dos pobres”.

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Foi um papa político, mas nem tanto.

 

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