A pesquisa de intenção de compras realizada pela Associação Comercial e Industrial de Varginha (ACIV) revelou o comportamento dos consumidores para o Dia das Crianças de 2025. O levantamento mostra que o PIX será a principal forma de pagamento, enquanto o e-commerce aparece como o canal de compra preferido para a data comemorativa.
Segundo o estudo, 27,8% dos entrevistados pretendem pagar as compras via PIX. Em seguida aparecem o cartão de crédito à vista (23,6%), cartão parcelado (18,1%), cartão de débito (18,1%), dinheiro (11,1%) e carnê (1,3%).
Quando o assunto é o valor do presente, há equilíbrio entre as faixas de gasto: 27,6% pretendem desembolsar entre R$100 e R$200, mesma porcentagem dos que gastarão entre R$50 e R$100. Outros 22,4% planejam investir acima de R$200, 20,7% entre R$21 e R$50, e 1,7% até R$20.
E-commerce cresce como principal canal de compras
A internet vem se consolidando como o principal meio de consumo. De acordo com a pesquisa, 44,6% dos consumidores devem comprar pela internet, superando o comércio do centro (21,4%) e o shopping (16,1%). Já o e-commerce de lojas da própria cidade representa 7,1% das intenções, o mesmo percentual do comércio de outras cidades, enquanto 3,7% devem comprar em lojas de bairro.
Entre os fatores que mais influenciam a escolha do presente, o prazo de entrega aparece em primeiro lugar, citado por 18,4% dos participantes. Em seguida, aparecem atendimento e qualidade do produto, empatados com 16,9%, descontos e promoções (15%), comodidade e preço (14% cada) e marca (4,8%).
Brinquedos seguem como os favoritos
Os brinquedos permanecem como o item mais procurado pelos consumidores, seguidos por roupas, calçados, chocolates, livros e almoço fora.
Questionados se a criança poderá escolher o presente, 39,7% afirmaram que não, 34,5% disseram que sim e 25,9% que talvez.
Crescimento nas vendas e recomendações para o comércio
De acordo com projeção nacional da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil, as vendas para o Dia das Crianças devem movimentar R$ 9,96 bilhões no país, crescimento estimado em 1,1% sobre 2024. O levantamento também reforça a força do PIX e a preferência por compras online — tendência que se repete em Varginha.
Interpretações e insights para o varejo local
Variedade de preços é essencial
As intenções mostram uma dispersão considerável nas faixas de gasto, com forte concentração entre R$ 50 e R$ 200. Isso sugere que o comércio deve preparar mix de produtos com diferentes faixas de valor para atingir públicos mais variados.
Brinquedos têm importância central
Como os brinquedos lideram como opção de presente, vale reforçar o estoque, oferecer lançamentos e explorar estratégias de exposição atrativa e comunicação visual para chamar atenção. Aliar brinquedo com outro item (como chocolate ou acessório) pode gerar sinergia.
E-commerce não pode ser descartado — é prioridade
Com quase metade dos respondentes preferindo comprar via internet, o varejo local precisa estar bem estruturado para vendas online — seja por loja própria, marketplace ou parcerias — garantindo qualidade de site, usabilidade e logística.
Prazos, logística e atendimento são decisivos
Mesmo com preço competitivo, o prazo de entrega aparece como o fator mais citado. Lojistas devem priorizar prazos curtos, opções de retirada ou entregas rápidas. Atendimento (pré e pós-venda) e qualidade também pesam fortemente na decisão.
Preparar meios de pagamento
É estratégico garantir que as maquininhas estejam disponíveis para crédito (à vista e parcelado) e débito, além de possibilitar QR Code / Pix integrado ao fluxo de vendas — visto que o PIX aparece em primeiro lugar nas intenções.
Segmentos de gênero e perfil diferenciado
Os homens podem apresentar maior propensão a usar crédito à vista ou débito e optar por presentes de maior valor.
As mulheres podem se mostrar mais inclinadas a usar PIX ou parcelamento e a realizar mais compras, inclusive online.
Essas tendências orientam comunicação diferente e abordagens distintas em vitrines, campanhas e canais de marketing.
Estimule a participação da criança (quando permitido)
Com mais de 60% dos respondentes possibilitando ou cogitando permitir que a criança escolha o presente, sugerem-se políticas de vitrine “autosserviço” infantil, kits e pacotes que facilitem a escolha ou direcionem para produtos com destaque visual.