Legenda: Newton Cardoso e a deputada federal Júnia Marise, em campanha nas eleições estaduais
Morreu esta semana o ex-governador de Minas, Newton Cardoso. Newtão, o “trator”, era alvo de várias chacotas, brincadeiras e causos que viraram folclore da política brasileira.
O político sempre teve uma ligação forte com Varginha, via PMDB.
O principal porta-voz de Newton na cidade era o (já falecido) dono do Jornal Gazeta de Varginha, João Felizardo. Ligação que continua até hoje, entre a dona do jornal, Ana Maria e o filho de Newton, que seguiu a política como o pai.
A própria Ana se recorda: “Muitas vezes almoçamos com o Newton na casa dele em Belo Horizonte. Ele também veio várias vezes em nossa casa aqui em Varginha. Lembra da inauguração da Gazeta aqui no prédio, Newton fez questão de vir e trouxe vários secretários com ele. Tudo que ele precisava aqui no sul de Minas ligava pra gente e pedia opinião em tudo”.
Algumas pessoas duvidavam da alegada intimidade que João teria com o político.
Uma vez, na antiga sede da prefeitura, o então secretário da Administração Luiz Fernando Alfredo caçoou de João Felizardo, em tom de brincadeira.
“O governador nem sabe que você existe, João”.
Por sua vez, João fingiu que não ouviu, discou um número no celular (era novidade naquela época). Minutos depois colocou o telefone no ouvido de Luiz Fernando.
“Bom dia, secretário. Aqui é o governador. O que o senhor precisa?”.
Luiz não sabia onde enfiar a cara.
Uma resposta
Newton queria que um candidato a deputado de Varginha fizesse dobradinha com ele. A acessória do candidato de Varginha achou que não era boa idéia aparecer do lado de newton. Pois bem, em uma reunião de campanha Newton através do João, retirou o apoio e buscou de volta vários carros zero que haviam sido para a campanha. Eu estava lá.