(Relato de bordo feito durante viagem do jornalista Marcus Madeira e sua esposa, pela Estrada Real, em outubro de 2024)
Diário de Bordo #4: durante a viagem por uma das estradas que escoavam as riquezas de Minas para Portugal, demos uma merecida parada em Congonhas.
O centro histórico é lindo, embora pequeno, ao contrário de Ouro Preto. A cidade é lotada, ainda recebe um bom dinheiro da mineração e uma parte menor vem do turismo. Talvez por isso a cara de cidade ‘normal’.
Não encontramos nenhum restaurante que merecesse destaque. Fomos em uma Parrilla que serve… pizza.
O melhor passeio foi o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, onde ficam os 12 profetas esculpidos em pedra sabão por Aleijadinho entre 1800 e 1805. Lindo, lindo.
Na subida, seis Passos da Via Crucis de Jesus, com os personagens esculpidos em madeira. O estilo está mais exagerado do que os profetas. Mais sofrido (como exige o assunto), cheio de curvas, bigodões e olhos estatelados.
A origem da obra é a mesma dos outros lugares. Um português rico pagou para um artista brasileiro produzir um santuário para pagar promessa.
Tudo isso (e muito mais) nos foi contado pelo Gustavo. O cara trabalha no setor cultural da Prefeitura de Congonhas e, também, em uma instituição de preservação da cidade.
Assista ao vídeo! Edição do José Neto 😉
Atrás da igreja, um salão enorme. Cheio de fotos, velas, réplicas de pernas e braços. Tudo como pagamento de promessas dos fiéis.
Todo lugar onde existe beleza que chama muito a atenção, certamente teve sofrimento. E, invariavelmente, de pobres que construíram o local.
Expedição Estrada Real
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Esta expedição tem o apoio e patrocínio do Posto Líder, Porto Seco Sul de Minas e Bella Flor Cosméticos.