A questão da lealdade e obediência nas Forças Armadas é um tema complexo e profundamente enraizado na ética militar. O tenente-coronel Mauro Cid, como qualquer militar, está sujeito a códigos de ética que enfatizam a importância da lealdade ao comandante e à nação. A traição ou a desobediência, especialmente em situações de pressão ou tortura, é uma violação grave desses princípios.
Quando um militar se vê em uma situação em que a lealdade é testada, como no caso de tortura ou coerção, a percepção sobre sua conduta pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo o contexto da situação, as consequências de suas ações e a interpretação dos códigos de ética. O que as Forças Armadas prezam é a integridade, a disciplina e a lealdade, mas também é importante considerar a complexidade das situações enfrentadas por um militar.
Se um militar é percebido como tendo traído seu comandante, isso pode resultar em consequências severas, tanto no âmbito disciplinar quanto em sua reputação pessoal e profissional. A confiança nas Forças Armadas pode ser impactada, e os valores de lealdade e honra podem ser questionados.
Por outro lado, é importante reconhecer que cada situação é única e que a avaliação do comportamento de um militar deve levar em conta as circunstâncias específicas. A discussão sobre ética militar muitas vezes envolve nuances que não podem ser totalmente capturadas por regras rígidas.
Em última análise, a posição de um militar como Mauro Cid diante das Forças Armadas e de seus valores fundamentais dependerá das circunstâncias em que se encontra e de como suas ações são interpretadas à luz dos códigos de ética que regem a instituição.
A bem da verdade, falamos e não chegamos a termo. Considerando que o Tenente-Coronel, Mauro Cid é um militar formado numa época moderna e tendo assistido às omissões de oficiais-generais, recentemente, não podemos julgá-lo como militar, porém têm profissões que abraçamos com tanto amor que faz com que a coragem prevaleça, diante de qualquer ameaça ou encurralamento. Só a coragem pode sustentar as nossas virtudes, daí, imaginamos como sofreram os cristãos, judeus e outros perseguidos da história e são lembrados como heróis, santos ou traidores.
Difícil julgar, mesmo que o produto da desonra seja mentiroso, concordam?
Parafraseando à obra de Victor Flankl, neuropsiquiatra de Viena, que vivera preso por quatro anos nos campos de concentração dos nazistas, podemos dizer: Em tempos difíceis, mediante a brutalidade dos tiranos, surgem heróis e monstros, dependendo da resiliência de cada um.
Luiz Fernando Alfredo
Março/2025.