Será que o Brasil tem mais espaço para cair sem reagir

É lamentável observar o que ocorreu durante a audiência na Câmara dos Deputados, onde se destacou a interação entre o Deputado Marcel van Hattem e o Comandante do Exército, General Tomaz Paiva. O General vivenciou um momento de grande constrangimento, o que, lamentavelmente, acabou por refletir negativamente sobre toda a instituição militar. 

É importante reconhecer que, dentro das Forças Armadas, existem, em algumas circunstâncias, posições políticas que vão de encontro aos princípios da lei. Além disso, há uma tendência de acomodação entre os militares, que pode comprometer a integridade da instituição. Contudo, apesar de concordar com a maioria dos pontos levantados pelo Deputado, o General deveria ter aproveitado a ocasião para cobrar uma maior responsabilidade dos parlamentares em relação às suas atribuições e à fiscalização das ações do governo. 

Atualmente, o Brasil enfrenta uma crise de discursos polarizados, onde predominam ameaças, ódio e desinformação. A impunidade seletiva e as dificuldades econômicas agravam ainda mais a situação, levando a uma desconfiança generalizada nas instituições. É fundamental que haja um diálogo respeitoso e construtivo, que busque soluções para os problemas que afligem a sociedade brasileira, em vez de alimentar divisões. 

O Brasil, com seu vasto território continental e com uma população que enfrenta desafios significativos em termos de educação e cultura apresenta particularidades que dificultam a sustentação de um governo de esquerda de maneira semelhante à observada em países Europeus e alguns da Asia. 

A diversidade e complexidade de um país tão grande demandam um modelo de governança que considere suas especificidades regionais e sociais. Enquanto na Europa e Asia a história e a cultura de muitos países favorecem a implementação de políticas progressistas, no Brasil, a falta de base educacional sólida e a desigualdade social podem criar obstáculos  para adoção de um modelo semelhante. Essa realidade levanta questões sobre a viabilidade de um governo de esquerda num contexto tão desafiador, onde a estrutura social e econômica ainda precisa de profundas transformações. 

As exceções, considerando o tamanho do território, são os Estados Unidos  e Canadá, que estão passando por um governo de esquerda e eles não estão sofrendo às barbaridades que assistimos no Brasil, por terem uma constituição irretocável, perene, cujos códigos e leis são cumpridos, sob pena de rigorosa punibilidade. 

Ficamos triste com a situação, pois, a não ser através de eleições justas ou o povo na rua, cobrando o Congresso Nacional os impeachments de Lula,  Alexandre de Moraes e outros ministros, não teremos condições de colocar o país nos trilhos, mas, infelizmente, estamos numa nação assustada com o 08 de janeiro e demais abusos. A maioria quer mudanças, contudo, essa mesma maioria não sustenta nenhuma medida institucional, nos termos da lei, porque vão perder benefícios, vantagens, “boquinha”, apoio político, dinheiro fácil e como a oposição dos conservadores é em número menor, os antipatriotas não permitem que nada que seja bom para o país, vá para  a frente, a não ser as pautas populistas que dão votos. 

Bolsonaro, você despertou o país, de maneira que no voto, o PT vai se desmanchar nas próximas eleições, o sistema nunca estará contigo, se fosse você faria um acordo com a justiça (não sabemos se é legal), sua prisão em troca de todos os presos do suposto golpe, sem exceção, dando uma aula de bravura, coragem, patriotismo e heroísmo, virtudes que nós não conseguimos enxergar na maioria dos oficiais generais, pelo menos, ao vivo e a cores na audiência do parlamento e porque não, nos brasileiros também.  

Que Deus proteja os brasileiros independente de ideologia! 

Luiz Fernando Alfredo 

Janeiro/ 2024.

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