Com a chegada de uma frente fria em todo o estado e o inverno se aproximando, a regulagem mais potente e o maior tempo de uso do chuveiro deixam a conta de energia mais cara.
Segundo o engenheiro de eficiência energética da Cemig, Thiago Douglas Ribeiro Batista, uma hora de banho na temperatura ‘inverno’ pode equivaler a duas TVs ligadas por 24 horas. “O chuveiro é um equipamento com elevada potência e isso faz com que ele gaste mais energia do que outros eletrodomésticos”, detalha o especialista.
Algumas atitudes podem ajudar na redução do gasto. Em primeiro lugar, aconselha-se ficar de olho no tempo de uso do chuveiro para reduzi-lo ao máximo, sem prejuízo para a higiene e o conforto. Fechar a torneira quando for se ensaboar e lavar os cabelos interrompe o consumo de eletricidade.
Nas cidades de Minas Gerais com clima mais ameno, usar a chave de temperatura na posição “morna” ou “verão” também ajuda a economizar. “Na posição ‘verão’, o consumo de energia cai 30%, o que, em uma residência, pode significar uma redução no consumo ao final do mês de até 10%”, explica Thiago.
Outra dica é tomar banhos nos horários mais quentes do dia e manter as portas e janelas do banheiro fechadas para melhorar o conforto térmico.
Modelos de chuveiros
Atualmente, lojas de materiais elétricos e de construção oferecem uma grande variedade de chuveiros. Na hora de escolher um novo, deve-se ficar de olho na potência do aparelho. Quanto maior a potência, maior o consumo. Chuveiros com potência de 5.500 watts, por exemplo, gastam 20% a mais do que com potência de 4.500 watts, nas mesmas condições de uso.
Modelos de menor potência possuem uma menor capacidade de aquecimento, porém possível manter a temperatura da água em um nível de conforto controlando a vazão, ou seja, não abrindo demasiadamente a torneira e mantendo um volume de água adequado. Assim, o funcionamento do chuveiro não muda, mas a menor quantidade de água é aquecida mais rapidamente e a um nível de temperatura maior.
Alguns chuveiros vêm atualmente com um dispositivo de ajuste eletrônico, que permite uma múltipla seleção de temperatura, evitando assim a utilização exclusiva da potência máxima nos dias mais frios. “Esse recurso pode ser interessante para economia de energia, visto que proporciona maior quantidade de ajustes das temperaturas intermediárias. Desta forma, o equipamento tem mais opções e não precisa ficar apenas nas três posições dos chuveiros e duchas tradicionais (inverno, verão e desligado)”, explica o engenheiro.
Manutenção da resistência
Trocar a resistência queimada do chuveiro é uma tarefa relativamente simples, mas, como qualquer execução de serviços na instalação elétrica, pode provocar choques se os devidos cuidados não forem tomados. Por isso, o mais prudente é que um profissional realize o serviço. Para fazer a substituição, a Cemig recomenda as medidas de segurança abaixo:
- Para qualquer intervenção nas instalações elétricas da residência, o disjuntor correspondente ao circuito elétrico deve ser desligado;
- Sempre adquira uma resistência nas mesmas características da original queimada; alterar pode comprometer a qualidade do produto, bem como as instalações elétricas, que já estavam projetadas para a resistência utilizada anteriormente;
- Após substituir a resistência e antes de ligar o disjuntor, abra a torneira e deixe-a aberta alguns segundos, o suficiente para que ela possa encher o chuveiro completamente de água, pois este procedimento evita a queima da resistência instalada;
- Utilize sempre conectores apropriados;
- No caso de substituição do chuveiro, verifique se a potência é compatível com a potência do chuveiro a ser instalado. Caso o novo equipamento tenha uma potência mais elevada, a instalação elétrica da residência deverá passar por uma inspeção de um profissional qualificado.
Confira o vídeo com todas a dicas a seguir: