Matéria publicada originalmente na quarta-feira 1 de maio de 2024, 11h45
Saí cedo neste feriado de 1º de Maio para dar uma volta e encontro a turma da varrição, todo mundo com cara boa. Apesar do feriado.
Pensei: esse é um pessoal que merece homenagem pelo dia de hoje.
No caminho, me lembrei do pessoal da coleta do lixo, que todo dia passa contando piada.
Dos funcionários do pronto atendimento do HBP, do SAMU, da UPA.
Recentemente precisei chamar a ambulância do SAMU para transportar uma pessoa que havia caído ao chão. Em 15 minutos já estavam no local. Acompanhei o pessoal na ambulância. Conheci o Marcos e a Fabíola, que prestaram um atendimento fora do comum. Fiquei no PA do hospital e, em pouco tempo, vi os dois voltarem 4 vezes. Quatro! E segurando a onda, tentando trabalhar com cara boa, para passar o plantão de 12h e 24h, cada.
Mesma situação no PA. Apesar da falta de lugar para acomodar os pacientes (ficamos no corredor), todo mundo passava e perguntava se a paciente tinha melhorado, os médicos explicaram direitinho, os enfermeiros são fora de série.
São pessoas que precisam receber uma remuneração justa, porque o trabalho que fazem é diferenciado. E as situações a que são expostos, também.
Aí lembrei dos amigos bombeiros, da PM, da Guarda Civil Municipal.
Você está dormindo em casa, quietinho, enquanto esse pessoal está nas ruas atrás de bandido, colocando a vida em risco.
E os queridos lá da Policlínica Central. Fui lá 4 vezes: pelo meu pai, minha mãe, minha filha e, por fim, eu, com dengue.
Sábado de Aleluia, todo mundo em casa se preparando para tomar um vinho e comer um peixinho e o pessoal lá na policlínica, atendendo trocentas pessoas.
Me lembrei ainda dos instrutores do Tiro de Guerra, que ensinam hábitos e bons costumes pra moçada.
A coitada da moça que está na foto e tem que se fantasiar de mosquito da dengue pra ensinar as crianças a evitarem a doença.
O Francisco de Carvalho que, mesmo depois de ter se aposentado, começou a trabalhar com capina, construção, faz de tudo. Tem mais expediente e ânimo para trabalhar do que muito adolescente.
Esses são alguns dos trabalhadores que me representam. Não ficam em gabinete com ar gelado nem tapete felpudo.
É o tipo de trabalhador que permanece, quando mudam os políticos. Porque eles são, na verdade, mais importantes do que os políticos.
Sem o trabalhador, a roda não gira. A economia não anda. Não tem dinheiro, alimento, roupa, remédio.
Desconheço o autor da frase, mas ela é mais atual do que nunca: “Governo que não atrapalha, já ajuda”.
Deixa o povo trabalhar que tudo funciona.
A todos nós, trabalhadores, parabéns pelo dia de hoje!!!