Uma das histórias mais populares do país completa 26 anos hoje.
E sempre vale lembrar o que aconteceu em janeiro de 1996, que deu tanta visibilidade para Varginha e um pulga atrás da orelha em quem conhece a história.
Na madrugada
Na madrugada dia 20 de janeiro de 1996, a Sra. Oralina Augusta de Freitas sai na janela da sede da fazenda de propriedade do Sr. Castilho, situada a 10 km de Varginha, à beira da rodovia que liga a cidade à Fernão Dias. O gado sai correndo em disparada.
Grita pelo marido, Eurico Rodrigues de Freitas, que dormia. Eurico também avista o objeto, que pairava sobre o pasto a no máximo cinco metros. Para percorrer um espaço de aproximadamente 500 metros, o objeto leva quase quarenta minutos. E desaparece após o morro, na direção da cidade.
Ela observa um artefato alongado, que soltava uma névoa de uma parte que parecia “rasgada”, à frente da fuselagem. Nesse momento, ela grita pelo marido,
No Jardim Andere
Ainda no dia 20, três meninas alegaram ter visto um ser estranho, baixinho e de olhos vermelhos e que não era similar a nenhum outro animal conhecido.
Elas já tinham costume de passar pelo trajeto, mas resolveram cortar caminho por um terreno entre o bairro Jardim Andere e o Santana. Naquela época, um novo loteamento e um campo estavam sendo construídos no bairro.
Naquela tarde, a jovem Kátia Andrade Xavier e as irmãs Liliane de Fátima Silva e Valquíria Aparecida Silva teriam visto a criatura enquanto atravessavam um terreno no bairro Jardim Andere.
Quando passaram próximo a um muro, ao lado de uma oficina, as irmãs ouviram a amiga Kátia dar um grito. Ao olharem na mesma direção que ela, viram uma criatura agachada. Com o grito, ela virou a cabeça para as jovens e as encarou por alguns segundos.
Em entrevista para a EPTV, filiada Globo no Sul de Minas, em 2006. Katia descreveu como era o Extraterrestre “Era marrom, a cor. Era baixinho. Estava agachado, mas era baixo. Eu tinha a impressão que era uma coisa assim muito mole, que dava a impressão que ia estourar, com a pele lisa e os olhos vermelhos, que olhou para nós. Foi coisa assim, rápida, de você bater o olho e falar, é assim e pronto. Não tinha como ser humano, nem ser um animal”.
As irmãs também contaram que o ser possuía umas manchas parecendo veias na pele e algumas protuberâncias na cabeça. Após encarar a criatura por alguns segundos, as três saíram correndo desesperadas.As meninas voltaram ao local da aparição com a mãe delas cerca de 25 minutos depois. Não encontraram mais nada, apenas uma marca no chão, um cheiro que não souberam descrever e um cachorro farejando o local.
Um pedreiro que trabalhava próximo ao terreno teria dito que os bombeiros já tinham levado “aquele bicho estranho”.
Outro relato
Em outra versão, volta das 20h, dois militares seguiam pela Rua Benevenuto Braz Vieira, a mesma onde as meninas teriam visto o ET, quando o motorista freou bruscamente o carro porque algo passou na frente do veículo. Um dos militares saiu e capturou a criatura sem usar luvas ou qualquer tipo de equipamento de segurança.
Outro fato intrigante do Caso Varginha é a morte de um policial militar supostamente em decorrência de um vírus estranho adquirido de um ET que teria sido capturado por ele. Marco Eli Cherese tinha um quisto debaixo da axila esquerda e já havia algum tempo tinha programado uma cirurgia para retirá-lo, segundo Maurício Antonio Santos, então comandante do 24º Batalhão da Polícia Militar de Varginha.
Autoridades
Os ufólogos argumentam que, no dia da aparição do ET, também houve tráfego intenso de caminhões da ESA de Três Corações em Varginha. No Inquérito Policial Militar, os militares rebatem: os veículos realmente foram deslocados, mas para manutenção na concessionária da Mercedes Benz na cidade. Uma nota fiscal de 432 reais referente aos serviços de alinhamento e balanceamento em oito caminhões foi anexada aos autos.
Além disso o IPM, também disse que a chuva ainda não havia começado no momento em que as meninas viram o suposto ET, Como argumenta que a concessionária da Mercedes Benz costumava fechar nos fins de semana.
Dia 20 de janeiro de 1996 era um sábado. Além disso, alegam os ufólogos: no IPM, o endereço da empresa “Automáco Comercial e Importadora LTDA.” que aparece em uma nota do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo (SIAFI) é diferente do que revela a nota fiscal presente no inquérito.
Todos os casos ufológicos já documentados no Brasil constam de uma tabela do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), que quantifica desde 1952 o número de registros por ano. Curiosamente, o ano de 1996 é o que apresenta mais registros ufológicos: 65.
O caso permanece como um complexo quebra-cabeças, repleto de contradições e desencontros. Mas em 26 anos, novos relatos continuam aparecendo.