O aumento no número de casos de COVID-19 levou cidades brasileiras a voltarem a obrigar ou recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados.
Dentre as cidades estão a capital, Curitiba, e cidades do interior dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, como Londrina (PR), Maringá (PR), São Bernardo do Campo (SP), Poços de Caldas (MG) e Canoas (RS).
Em Santa Catarina, órgãos de vigilância epidemiológica emitiram, nessa segunda-feira (23/5), uma nota reforçando o uso da máscara. A recomendação veio após alta nas internações de bebês e crianças de menos de 5 anos de idade, que não podem ser vacinados contra a Covid no Brasil.
A maioria dos municípios, como a cidade de São Paulo, emitiu decretos que obrigam ou recomendam o uso apenas em escolas. Outros também incluíram estabelecimentos de saúde, transporte escolar ou público e restaurantes.
A importância do uso das máscaras
O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia diz que especialistas nunca deixaram de recomendar máscaras para a população mais frágil. “Na realidade, a gente nunca abandonou as máscaras. As máscaras deixaram de ser obrigatórias, mas existe uma recomendação, em todos os locais”, declarou o médico.
Ele ainda reforça que a população mais frágil deve manter o uso da máscara especialmente em locais fechados ou com aglomerações.
Segundo a epidemiologista Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e o geneticista e pediatra Salmo Raskin, do Laboratório Genetika de Curitiba, o uso das máscaras segue sendo importante porque não sabemos o tempo que dura a imunidade gerada pela vacina e, no momento, elas são nossa única ferramenta para evitar uma infecção pela COVID-19.
Possibilidade da 4ª onda
A epidemiologista Ethel Maciel afirmou em entrevista à rádio CBN que Brasil corre sérios riscos de passar por mais uma nova onda de covid-19, assim como já acontece na Argentina.
Ela diz que o país tem uma cobertura vacinal desigual e que a taxa de transmissão da doença ficou acima de 1 pela primeira vez desde fevereiro deste ano, o que caracteriza a chegada da nova onda.