A estudante Clíssia da Mata, 17 anos passou o sábado com dores no corpo. Também teve diarreia e vômitos.
O pai, irmão, cunhado e namorado de Clíssia apresentavam os mesmos sintomas.
Ela foi à Unidade de Pronto Atendimento de Varginha na manhã de domingo. O diagnóstico foi virose.
Por sinal, a UPA estava lotada. A maioria dos pacientes apresentava os mesmos sintomas.
Não há dados oficiais, pois virose não é uma doença em que o registro de casos para fins estatísticos seja obrigatório (não é notificação compulsória).
Mas a quantidade de casos já é considerado um surto (palavra usada para designar que novos casos estão concentrados em determinada região, como um bairro ou uma cidade).
“Na verdade esse surto ocorre no Sul de Minas”, explicou ao Blog o médico infectologista Luiz Carlos Coelho.
“Aqui em Varginha também é grande o número de casos. Nós enviamos amostras de fezes para a Funed, mas ainda não recebemos retorno. Queremos identificar o motivo desse surto”.
Dr. Luiz Carlos, que também é superintendente de Combate à Covid em Varginha, explica que a virose surge mais quando há mudança de estação. “É a chamada virose de verão, com o clima quente”.


A doença gera os desconfortos que a estudante citou no começo da matéria. Dura até três dias. O melhor tratamento é a hidratação intensa.
“A diarreia é uma resposta do organismo para eliminar o que está fazendo mal para a pessoa. Portanto, é importante se hidratar muito”.
Atenção: a virose é transmissível.
De acordo com a Fundação BioCruz, as viroses respiratórias são transmitidas por gotículas da boca ou do nariz da pessoa infectada para a pessoa saudável.
As gastrointestinais também têm essa forma de transmissão além da transmissão fecal-oral.
Nos dois casos podem ser transmitidas através de objetos ou alimentos contaminados.