O Colégio dos Santos Anjos de Varginha causou polêmica nesta semana ao publicar a foto de uma professora fazendo blackface.
A professora interpretava a personagem principal do livro infantil “A Bonequinha Preta” para os alunos.
Além do rosto pintado, a professora usava uma peruca de cabelos cacheados e uma blusa preta de mangas longas.
A publicação dessa quarta-feira (27/4) nas redes sociais gerou uma repercussão negativa e a escola apagou a postagem nesta quinta.
A penúltima publicação da escola no Instagram tem mais de 150 comentários, com pessoas inclusive de outros estados repudiando a atitude da instituição.
Ainda hoje, a escola publicou um pedido de desculpas em suas redes. A direção da escola afirma que não tolera atitudes de discriminação e que o objetivo da atividade era ilustrar uma personagem de uma obra literária, sem ideias ofensivas ou discriminatórias. Leia a íntegra da nota:


O que é blackface?
“Blackface”, que em inglês significa literalmente “rosto preto”, é uma prática racista antiga. Acredita-se que teve início por volta de 1830 em Nova York e era usada para ridicularizar pessoas negras para o entretenimento de brancos.
No século 19, atores brancos usavam tinta para pintar os rostos de preto em espetáculos de humor. Atuando de forma exagerada e usando sotaques, atores ilustravam comportamentos e esteriótipos que os brancos associavam aos negros.
Na época, atores negros não tinha autorização para subir nos palcos e atuar devido a cor de sua pele.
A prática continuou em programas de TV e no teatro por boa parte do século 20. Conforme movimentos antirracistas cresciam, a prática foi sendo eliminada.
Por que ofende?
O blackface é ofensivo porque prega estereótipos negativos sobre negros. A prática em sua origem tinha objetivo entreter audiências brancas às custas de um grupo minoritário que lutava por seus direitos civis após séculos de escravidão.
As interpretações feitas com uso de blackface em shows e programas populares eram normalmente imprecisas e profundamente ofensivas, mas muitos brancos enxergavam — e ainda enxergam — como uma forma aceitável de entretenimento.
Fonte: BBC
O tal blackface historicamente pode ter sido uma forma de ofender. Ali se trata de uma peça teatral, qual foi o contexto da maquiagem? Qual era a mensagem da peça afinal que requeria a maquiagem como se fosse uma pessoa de cor preta? Mundo, acordem, estão exagerando! É na questão de cor da pele, gênero, opção sexual. Esses grupos estão exigindo tanto da sociedade, mas tanto, que as pessoas estão com medo. Medo de falar sobre raça, cor, opção sexual, etc. Separem intenção de ofender e crime de outras manifestações. Caso contrário este “ferro e fogo” de politicamente correto poderá fazer com que esses grupos sejam ignorados. Ou seja, melhor não falar com pessoas negras, melhor não falar com pessoas de opção sexual ou gênero diferente do seu, porque vai que entendem errado qualquer coisa, brigam, processam, etc. Ficaria mais seguro ignorar a presença, não conversar, trocar o mínimo de palavras, escolhendo-as, evitando amizade com elas ou onde estejam. Imaginam isso? É o que vai acontecer se prosseguir este exagero de que tudo ofende!