Os professores da Universidade Vale do Rio Verde – Unincor estão em greve por tempo indeterminado.
Eles decidiram pela paralisação depois de assembleia realizada na segunda-feira (4/3).
A paralisação tem como objetivo pressionar a Instituição a regularizar as pendências trabalhistas, que se arrastam há anos. Até o momento, os docentes não receberam os salários de dezembro, fevereiro e março, além das férias e do 13º.
O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais, Sinpro-Minas, já ajuizou inúmeras ações individuais e coletivas contra a instituição de ensino, para que as irregularidades trabalhistas sejam corrigidas e os/as docentes tenham seus direitos preservados.
Entenda a greve
Há mais de 10 anos, a Unincor atrasa ou não paga salários e verbas rescisórias e não deposita o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS dos trabalhadores, além de descumprir outros direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
Ao longo desses anos, várias mediações no Ministério Público do Trabalho, audiências na Justiça e assembleias de professores foram feitas. No entanto, a universidade se recusa a resolver, de forma definitiva, as pendências.
No ano passado, em reuniões de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT), representantes da Unincor até reconheceram algumas irregularidades, mas não se comprometeram a resolvê-las nem apresentaram proposta.
“A universidade mantém há anos essa postura de descaso e de descumprimento da legislação trabalhista, e a direção sequer cumpre um dos direitos mais básicos dos/as trabalhadores/as, o de receber em dia seu salário. Por isso os/as professores/as cruzaram os braços. Não há condições de lecionar em um ambiente assim, de total desrespeito ao trabalho sério e de qualidade feito pelos/as professores/as e aos/às alunos/as e pais também”, criticou a presidenta do Sinpro Minas, Valéria Morato.