Um empresário do ensino, outro do agronegócio e o terceiro da fábrica.
Todos tiveram em comum o fato de terem conseguido o crescimento do empreendimento que administram, durante a pandemia.
Eles falaram sobre suas experiências na manhã desta quinta-feira (27/1), durante o 15º Seminário de Análise de Cenário, realizado pela Associação Comercial.
Vamos lá:
Sem medo do novo


O reitor do grupo UNIS, Stéfano Gazzola disse que o momento apresenta uma grande oportunidade para todos mudarem. “Estamos saindo da crise, estamos todos no zero. Não é hora de ter receio da mudança. Temos que estar abertos ao novo”.
Stéfano citou algumas mudanças que a pandemia provocou no ensino.
“A gente realizava intercâmbios, os alunos e professores iam para outro país, alunos vinham para cá. Com a pandemia entramos na nova sociedade. Fizemos reunião com 6 fusos horários. Alunos e professores de América Latina, Japão, Índia. Estamos caminhando para as universidades globais”.
Para ele, quem quiser “sobreviver” nesse novo tempo, tem que estar aberto à uma educação mais tecnológica, praticar a inovação, adotar a diversidade. “É a hora de criar, de aproveitar o 5G que chega ainda este ano”.
Sobre a crise: “Estamos saindo dela, quem acreditar no processo de mudança, terá grandes oportunidades de sair na frente”.
Eficiência


O presidente da Minasul, José Marcos Magalhães citou números impressionantes sobre a cooperativa.
Em primeiro lugar, o grupo abriu o seu portfólio para outras commodities que, em três anos, já representa 65%, do total na venda de insumos.
A cooperativa registrou a segunda maior exportação de café ano passado. Perdeu, com orgulho, para a Cooxupé.
José Marcos explica que a Minasul era 1/10 da cooperativa de Guaxupé.
Hoje, a Minasul representa 1/3 da concorrente.
A cooperativa de Varginha exporta para 40 países, tem escritórios nos Estados Unidos, Europa e Ásia.
Investe pesado no ambiental, no social e na governança.
A Minasul oferece aplicativo para o produtor fazer seus negócios pelo celular; criou a Coffee Coin (moeda virtual com lastro na commodity do café); construiu uma usina fotovoltaica.
Prevê a necessidade urgente do uso de voos e modal ferroviário para suportar o crescimento do agronegócio: “A Fernão Dias vai estar totalmente congestionada em cinco anos”.
Mas deixou claro que nenhuma atividade se sustenta sem eficiência.
A economia precisa girar


Para muita gente, 2021 foi o ano em que a economia morreu. Descansou um pouco, respirou e agora tenta voltar.
Mas, para o setor industrial, isso não aconteceu, como relatou o controller da Coletek de Varginha, Rafael Arja.
“Nós podemos citar dois mundos, antes e pós-pandemia. Vivemos uma revolução. Uma tempestade de informações. Em um primeiro momento, no começo [da pandemia], houve um stop. Mas o consumo não parou. O e-commerce foi o que mais subiu. É a lei de oferta e procura”.
Ele lembra que o assalariado foi o mais afetado na pandemia. “A fábrica vendeu tudo, quem tinha guardou”.
Rafael elencou vários fatores que, para ele, comprovam que 2022 será o ano da retomada.
Eleições (ano que políticos não podem fazer besteira, sob pena de perder votos e apoio dos investidores);
Governo está com dinheiro: “Tá na hora de procurar licitações pra vender para o governo”;
E disse que a economia precisa girar. “Varginha precisa de novas tecnologias, não temos escola de programação, o salário inicial do profissional é 3 mil reais”.
Universidade de empreendedores


O presidente da ACIV, Anderson Martins falou sobre as palestras: “Esse projeto é uma universidade de empreendedores.
Os palestrantes trouxeram informações de muita relevância para as pessoas tocarem seu negócio, enxergarem melhor o seu cenário.
Hoje tivemos 3 exposições brilhantes que nos dão um panorama de como deve ser 2022.
O principal é a percepção que é preciso se adaptar a qualquer custo. Todos falaram desse tsunami que é a pandemia, é preciso se adaptar.
Dá trabalho, mas é um desafio que, com coragem, dá para vencer. De repente fazer até melhor do que era feito antes”.
e os cafeicutores reclamando com frequencia da chuva, granizo, seca, frio, geada, vento, pragas, cigarra…