Me contaram que entre uma sessão e outra o público do Cine Rio Branco ouvia Chopin.
Sim, me contaram.
Mesmo sendo nascida e criada em partes aqui em Varginha, nunca tive a oportunidade de conhecer o Cine Rio Branco.
Minha primeira lembrança de ir ao cinema foi aos seis anos, em 2002, em um lugar da Avenida Ministro Bias Fortes, que não existe mais.
Apenas em 2022 pude entrar e conhecer o cinema que está na memória de muitos varginhenses.
Tenho lembranças de muitas vezes passar por ele e imaginar como seria o local, como deveria ser os anos de ouro, os filmes que vieram para Varginha.
Manteiga derretida que sou, segurei o choro em vários lugares. Afinal, eu estava em um dos lugares favoritos da minha falecida avó materna, no dia do seu aniversário.
Uma coincidência carregada de saudade.
Impossível não lembrar de cada história que ouvi durante os anos por toda família, como o dia que meu pai a levou para ver o filme Platoon (1987), afinal, quem leva a sogra para o cinema de moto e recém operada só pra ver um filme de guerra?
Nenhum dos dois perdiam um filme de guerra do Cine.
Enquanto a coletiva não começava, pude conhecer vários cantinhos, que em seu auge, deveriam ser lindos e luxuosos. Como a faixa de espelhos da decoração do mezanino, as cortinas azul marinho, as arandelas nas escadas, muitos detalhes!
Mais de 20 anos se passaram e mesmo com a sujeira e os anos de abandono, o espaço não perdeu grandeza de seus melhores dias.
E amanhã, você confere o relato de Eduardo Bregalda aqui no Blog!
Não perca!