A Polícia Federal deflagrou nessa terça (10/7) a segunda fase da operação J’Adoube, que investiga desvio e lavagem de dinheiro da Universidade Vale do Rio Verde – UNINCOR e de sua mantenedora, a Fundação Comunitária Tricordiana de Educação – FCTE.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Varginha (2), Três Corações (3), Conceição do Rio Verde (1), Contagem (2), Nova Lima (2) e Belo Horizonte (6) e 12 ordens judiciais de apreensão específicas em desfavor de pessoas físicas e jurídicas e outras quatro ordens judiciais, sendo um mandado de prisão preventiva, duas ordens de busca e apreensão e uma medida cautelar específica.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido com sucesso contra o ex-presidente da FCTE, o professor Leandro Rodrigues de Souza, apontado como o chefe do esquema. Leandro foi preso em Belo Horizonte, prestou depoimento na delegacia da PF em Varginha e foi encaminhado para o presídio nessa terça.
A segunda fase da operação foi necessária porque, mesmo com o avanço das investigações, a organização criminosa não parou de atuar.
Estima-se que o grupo tenha desviado ao longo de 3 anos aproximadamente 52 milhões de reais da FCTE/UNINCOR, instituição de ensino que possui cursos de graduação e especialização em várias cidades, inclusive na grande Belo Horizonte.
Os investigados responderão por crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita e organização criminosa, cujas penas, somadas, podem chegar a 22 anos de reclusão.
Operação J’Adoube
O nome da Operação é uma referência ao termo utilizado no jogo do xadrez que significa “eu arrumo”, para indicar que os dirigentes daquela instituição de ensino criavam (arrumavam/arranjavam) empresas para desvio de valores e consequente lavagem de ativos.
Relembre a primeira fase da operação: