A operação que resultou em 26 mortes em Varginha completou seis meses nesse domingo (1/5) e as investigações seguem sem prazo para conclusão. As apurações correm em sigilo e as autoridades divulgaram nenhum detalhe. A matéria é da Raquel Freitas, do G1 Minas.
A ação ocorreu no dia 31 de outubro de 2021 e envolveu integrantes da Polícia Militar, inclusive do Bope e da Polícia Rodoviária Federal. O alvo era um grupo suspeito de planejar um assalto a banco, com o qual a Polícia apreendeu armamento de guerra.
Nenhum suspeito sobreviveu e nenhum integrante das forças de segurança se feriu. Na época, os policiais receberam vários elogios, inclusive do governador Romeu Zema, que os chamou de heróis. Por outro lado, especialistas apontavam falta de transparência e cobravam investigação da conduta dos profissionais.
Investigações
Além do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, a PM, Polícia Civil, Polícia Federal e a PRF também apuram o caso.
Quando a operação completou um mês, em novembro do ano passado, as autoridades aguardavam laudos periciais para a finalização das investigações. 150 dias depois, autoridades seguem na espera do resultados de análises.
No âmbito da PM, instaurou-se um procedimento para avaliar a conduta dos policiais. “Conforme previsto na legislação processual castrense, o Inquérito Policial Militar ainda está no prazo de conclusão, aguardando laudos periciais”, limitou-se a informar a corporação por meio de nota.
Não houve respostas da Polícia Civil sobre a fase atual dos trabalhos e nem sobre a eventual relação dos suspeitos com outros crimes. A única informação é que a investigação segue em andamento, em parceria com o Ministério Público.
Já a MPMG apontou a complexidade do caso como motivo para os trabalhos ainda não terem sido concluídos. A PRF diz que “está em curso um procedimento de Investigação Preliminar Sumária que está dentro do prazo legal e em andamento em Brasília”. A PF, por sua vez, não se manifestou.
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