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Você está em: Home » Colunas » Pitacos Modestos » Os brasileiros acima de Brasília

Os brasileiros acima de Brasília

Rodrigo Mudesto por Rodrigo Mudesto
25 de novembro de 2021
em Pitacos Modestos
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O campeonato brasileiro de futebol começou no fim de semana. Também no fim de semana o Brasil viu a volta dos protestos de rua contra a política do governo federal. Infelizmente, muitas pessoas acompanham ambas as coisas como se fossem iguais. Uma questão de gosto, de escolher lado e de torcer.

Escolher um time de futebol, aquele que já era o de seu pai, ou da sua cidade, ou que te traz boas memorias, ligar a televisão, abrir uma cerveja e zoar os amigos no dia seguinte, pode ser a melhor parte da vida de muita gente. Mesmo se não tiver nenhum time do coração jogando, sempre dá pra ‘preferir’ um. Se você liga a tv e tudo que tem pra assistir é o mega clássico
Fehervar x Ferencváros, espécie de grenal da Turquia, bastam três minutos pra se decidir fehervarista desde criancinha, e que apenas otários torceriam para o Ferencváros. Cadê o Tite que não convoca esse Wergiton pra seleção!

Não é à toa que políticos, todos eles, adoram ser fotografados com ‘camisas de time’. É o que chamamos de adesão primaria. Você vê algo que acredita que seja a sua cara, e se projeta nele. Começa a tirar fotos de óculos escuros dentro de casa.

Mas não devíamos ser tão trouxas.

O máximo que um time de futebol pode tirar de mim, é me fazer gastar com camisas e ingressos, talvez passar um pouco de raiva. Agora um político pode estragar a vida dos meus filhos, pode tirar o bife da minha marmita, pode até causar a morte da minha mãe antes do tempo. O melhor político faz apenas o mínimo que se espera dele. O pior estraga milhares de vidas, milhões. O eleitor não deve nada ao político em quem votou. O político é que deve tudo a ele. A começar pela boa vida e o bom salário.

Vivemos o maior desafio de nossa geração. Não é brincadeira comparar o que está acontecendo agora com as guerras mundiais do passado, com outras epidemias ou pandemias famosas, com a Revolução Industrial ou a descoberta da América. A História nos ensina que a cidade ou país que se destaca depois de uma pandemia é a que sai primeiro na frente.  Não é onde se tenta fingir que está tudo normal.

Os países que lideram o mundo nesse momento histórico China e EUA, já controlaram a pandemia. E vão manter a hegemonia. Não importa se começou na China, ela agiu rápido para resguardar seus próprios interesses. Não importa se o Estados Unidos detém o triste recorde de mortes, e foi o epicentro pela maioria dos meses até agora. Mesmo fazendo gracinhas e dizendo bobagens na televisão. Donald Trump reservou vacinas suficiente para vacinar várias e várias vezes toda a população norte-americana. Joe Biden, o novo presidente americano, que veio do grupo político contrário, investiu ainda mais nisso. Porque era só isso que importava, era isso que daria a possibilidade de sair a frente. Eles não são bobos, fazem suas disputas, mas sabem que pelo bem da sua sociedade, não dá pra ficar agindo como torcedores. Essa era a corrida que importava.

E nós a perdemos. Já perdemos. É um fato. A pandemia no Brasil não tem previsão para ser controlada.

Crises econômicas, quando causadas por eventos externos, abruptos, como pandemias, produzem o que se chama de repressão da demanda. Que resumindo significa que as pessoas estão deixando para gastar depois. Se a crise dura pouco tempo, esses gastos foram apenas adiados, e a economia se recupera (na televisão chamam isso de curva em “V”, pra dizer que caiu depois subiu). Se a crise dura mais tempo, se perde o desejo ou necessidade e o gasto ou investimento não será mais feito. Em algum momento, a economia brasileira vai reagir. Mas o que perdemos, não vamos recuperar, essa linha foi ultrapassada.

Um comerciante competente pode ficar umas poucas semanas sem vender. Ele se organiza para vender depois. Ele pode aguentar alguns meses, se tiver crédito barato, isenções de impostos e apoio dos políticos. Seu negócio vai sofrer, mas ele se recupera quando as pessoas voltarem a comprar. Mas é muito difícil um comerciante sobreviver os dois anos de vendas minguadas, de portas semiabertas, e de clientes com medo. 

Não existe fechar tudo meses a fio em economia. Não em democracias. Mas com coordenação, inteligência e unindo a população, era (isso mesmo era, no passado) possível ter um plano onde certas coisas fecham e outras abrem, em diferentes momentos. Onde poucas pessoas estão a rua. Onde todo o comerciante recebe ajuda temporária pra sobreviver, enquanto é orientado a como e quando continuar vendendo sem se expor ou expor os clientes. E não bastam solitárias garrafinhas de álcool na porta.

“Mas isso é o que fizemos”. Não. Não é.

E a questão das escolas em Varginha é um exemplo disso. É relativamente seguro voltar com as aulas? Talvez. Apenas porque nada é seguro, nesse momento, então não temos como comparar. Provavelmente as pessoas se contaminam mais no transporte ou no mercado ou nas reuniões de família. Mas voltar com as aulas, é algo que as autoridades podem controlar.  E voltando com elas, se deu um mau exemplo, que provoca mais festas nas roças, mais gente nos ônibus, e mais aglomerações nas ruas. Até entenderia voltar com as faculdades ou mesmo os adolescentes, apesar de temerário. Mas voltar com presencial com crianças pequenas? Alguém achou mesmo que daria certo? Ou estavam apenas agindo como torcedores?

E assim como o comercio meia boca não resolve o drama dos comerciantes. As aulas meia-boca também não resolvem, pedagogicamente é praticamente inútil. É só outra tentativa de fazer de conta que nada está acontecendo. De negar o problema, de fazer de conta que o capitão do meu time não fez alguns gols contra e está perdendo o jogo.

Mas não é só um jogo.

O desenvolvimento da próxima geração foi comprometido. É também um fato. E isso não vai ser contornado porque se voltou com presencial agora, ou daqui algumas semanas. Isso vai demandar um esforço pedagógico que vai durar anos. Não adianta ceder ao drama. Mas é preciso realismo e um bom plano de longo prazo. Chega de bravatas inúteis. Se vamos tirar alguma lição de um momento tão triste, é que independente de em quem votamos e de em quem pretendemos votar, é preciso manter senso crítico. Nosso maior problema político nestes últimos 20 anos foi que criamos o habito doentio de apoiarmos e xingarmos apenas por amor à camisa. Sem atinar nem para razão, nem para o próprio interesse. Um papo bem bobo de torcer contra ou a favor.

Isso tem que parar.

Vote em quem considere o mais capacitado quando chegar a hora, mas não abra mão do direito de criticar entre as eleições, não importa quem estiver lá. E nem se sinta obrigado a defender quem quer que seja.  Sentir admiração sim, fanatismo não. Chega de fãs de políticos. Eles não merecem.

***As opiniões e conceitos emitidos nos textos assinados por nossos colunistas; bem como, a exatidão e procedência das citações e informações expostas são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores. Portanto, não refletem necessariamente a posição e/ou opinião da Argumento Jornalismo, proprietária do Blog do Madeira e Folha de Varginha; e de seu Conselho de Leitores.

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Varginhense, cientista social pela UFMG, terminando doutorado pela UFJF com tese sobre política brasileira. Já foi blogueiro no Rio de Janeiro, consultor de políticas públicas e outras gambiarras. É um dos administradores do grupo Esquerda Varginha no Facebook. Mas gosta mesmo de ser professor, o que não anda podendo fazer. Filmes legendados, conhaque e sorvete.

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