Às vezes, algum balconista descuidado tem mania de brincar com pessoas que não conhece e sem saber o temperamento de alguns clientes; não é bom fazer brincadeira, porque não se sabe o que pode acontecer com a reação que pode ser inesperada e desagradável para alguns.
Uma brincadeira na hora errada aconteceu com Vergandioso, um balconista de loja que um dia se deu mal em suas brincadeiras com clientes.
Vergandioso, um rapazola falante, extrovertido, um cara fácil de ser relacionado; bom balconista e muito atencioso. Só tinha um defeito, que às vezes não era bem aceito por alguns clientes: a mania de fazer piada com os produtos que eram pedidos.
Um belo dia, um senhor desconhecido apareceu para comprar um veneno para exterminar ratos. Segundo ele, os roedores estavam infernizando sua vida e tirando seu sono. Alguem indicou a ele a loja onde encontraria o que procurava.
Sem muito jeito, ele chegou com a maior simplicidade do mundo até o vendedor. Pediu de maneira errada um “remédio pra rato”. Depois de dar uma estrondosa gargalhada, Vergandioso perguntou ao senhor? “o que é que rato tinha?”. O homem ficou calado por alguns instantes; meditou um pouco sobre o que vendedor havia perguntado, e o porque da risada. Enquanto pensava, a ficha caiu! Aquele balconista com certeza estava tirando uma com ele. Quase morrendo de rir, o balconista nem se deu conta que estava diante de um homem de musculatura respeitável, moreno de cabelos negros, bela estatura, maxilar quadrado, tinha os olhos mais invulgares do mundo: entre azuis e verdes, tão claros que suas cavidades orbitais pareciam ocas. Porem daquelas cavidades saia um olhar congelador, penetrante e assustador.
Quando Vergandioso se deu conta do que estava acontecendo, já estava sendo agarrado pelo colarinho da camisa, e acabou passando por cima do balcão. Não chegou a cair, pois com a maior rapidez que pode conseguir, se mandou na maior correria possível, escapado por pouco de uma surra inesquecível.
Vergandioso depois do episódio com o desconhecido, nunca mais pensou em brincar no serviço. Quando alguém chegava a loja e perguntava por um produto, jamais fazia brincadeiras, por medo de aparecer uma outra pessoa com o mesmo temperamento daquele que fez ele passar por cima do balcão.
***As opiniões e conceitos emitidos nos textos assinados por nossos colunistas; bem como, a exatidão e procedência das citações e informações expostas são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores. Portanto, não refletem necessariamente a posição e/ou opinião da Argumento Jornalismo, proprietária do Blog do Madeira e Folha de Varginha; e de seu Conselho de Leitores.
Quer publicar seu artigo no Blog do Madeira? Fale com a gente pelo e-mail [email protected] ou se preferir, chama a gente no Whatsapp (35) 98859-6919.