Existe aquela velha máxima: “viúvo é quem morre”. Este dito popular, para muitos tem sentido! Tem aqueles que esperam anos e anos, para encontrar alguém para preencher a lacuna deixada pela pessoa querida. Já outros não pensam assim. Veja o que aconteceu com Giglionirma.
Giglionirma dizia a todos e por todos os cantos, que havia conhecido o homem de sua vida; todos percebiam nela uma luz diferente que iluminava sua fisionomia. Ela afirmava que pela primeira vez, conhecia toda paixão que era capaz de preencher a uma mulher, assim que conheceu seu amado; passaram a viver juntos.
Não se casaram; não faltava harmonia, carinho, amor e respeito. Eram acima de tudo, apaixonados. Dez anos depois, duas filhas completavam a felicidade do casal. Ambos descobriram que tinham muito em comum e um sentimento mais forte despertava em seus corações.
A cada dia que passava, parecia que o amor aumentava ainda mais. Giglionirma fazia questão de deixar transparecer a sua felicidade, para causar inveja às vizinhas. Ela ficava envaidecida quando alguma comentava sobre a vida deles naquela casa alegre.
Certo dia, seu companheiro adoeceu de repente. Uma doença grave o levou para o hospital. Acabou morrendo dias depois. A vizinhança toda ficou surpresa com a notícia. Giglionirma quase arrancou os cabelos naquele desespero de perder o grande e único amor de sua vida.
Poucos meses depois da morte de seu único amor, aconteceu o inacreditável. No dia de finados, para surpresa das colegas de trabalho; das vizinhas e das pessoas mais próximas, depararam com uma cena inacreditável. Giglionirma estava diante do túmulo daquele que foi seu grande amor. Só que ela, estava de braços dados com um novo amor depositando flores. Não aparentava cara de choro, o que causou espanto em muita gente.
Com o passar dos dias no serviço de Giglionirma, as amigas começaram a questionar o seu comportamento. Perguntavam a ela, onde estava o respeito pela morte do marido que havia morrido a pouco mais quatro meses? Como as filhas estavam reagindo? A resposta foi simples e objetiva: “Quem morreu foi meu marido, eu estou viva. A vida segue e a fila anda”.
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