Participantes do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Apicultura estão ansiosos com o lançamento do Projeto de Melhoramento Genético na Apicultura – Produção Itinerante de Rainhas. O evento será nesta sexta-feira (18), em Varginha, no Sul de Minas.
O produtor Lucas de Souza, de Jacuí, é um deles. Criador de abelhas há 22 anos, com foco na produção de própolis, ele tinha a atividade como uma segunda renda. Há um ano no ATeG, o produtor viu o seu negócio mudar e começou a investir mais. Agora, se prepara para aumentar a produção de própolis e mel.
O novo projeto, inédito no Brasil, vai beneficiar 344 produtores do ATeG, sendo que 60 deles estão no Sul de Minas. O objetivo é selecionar técnicas de melhoramento genético para a produção itinerante de rainhas e substituir as rainhas improdutivas dos apicultores atendidos pelo Programa.
Resultados
O técnico de campo Venilton Bispo de Oliveira fez com que Lucas mudasse o manejo das caixas e contabilizasse lucros. A primeira dessas atividades foi a raspagem do própolis esquecido nas colmeias. Só essa ação lhe rendeu 51 kg de própolis e um faturamento de R$ 17 mil. Outro manejo, a substituição da cera velha, rendeu 22 kg de cera e R$ 924,00. Nada mal para quem tinha a produção de própolis como uma segunda opção de renda e não realizava o cuidado necessário nas colmeias.
O resultado animou o produtor, que também mantém uma lavoura de café, mas optou por investir mais no apiário devido ao retorno mais rápido. Assim, as 54 caixas iniciais no programa foram aumentadas para 120 e Lucas já optou por outras ações, como a alimentação das abelhas no período do outono/inverno, captura de enxames e a seleção de rainhas mais produtivas.
Genética
Com o melhoramento genético das rainhas, espera-se um crescimento de 30% na produção de mel e própolis, já que 95% dos produtores não faziam a substituição das rainhas improdutivas. A expectativa é que, até o início de 2023, as regiões atendidas tenham um banco de genética adequado para a produção local.