Segundo São Paulo, “o homem é justificado pela fé, independentemente das obras e da lei” (Romanos 3:28); e para São Tiago, “uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente” (Tiago 2:24). As religiões chegaram a diversas conclusões sobre a justificação: algumas pregam a fé somente, enquanto outras enfatizam a necessidade de boas obras, graça ou caridade.
Não somos fanáticos, mas não perdemos a oportunidade de arriscarmos uma opinião quando se trata do Sagrado, ciências, filosofia ou teologia. Contudo, não criticamos nenhuma religião ou seus seguidores, pois cada um, a seu modo, busca, através de seus locais de pregação, adoração e orações, um sentido para sua vida ou solução para seus conflitos. Respeitamos até os ateus, pois eles também precisam de fé para não acreditarem. Com uma ressalva: faltam-lhes argumentos mais robustos para a discordância.
Apesar de não criticarmos os seguidores de outras religiões, permitimo-nos opinar sobre a nossa, que é a Católica. Acompanhamos de perto a trajetória do Sumo Pontífice, Papa Francisco, que apostou alto ao fazer algumas declarações que tremeram os pilares da fé de muitos fiéis, criando até uma crise na Instituição. Sua interpretação não literal do Criacionismo, dando voz ao cientista Charles Darwin, foi vista como uma atitude politicamente correta em relação à comunidade científica, mas considerada herética por muitos católicos.
Sabemos de sua popularidade, suas polêmicas e alguns acertos, dos quais concordamos, como a proposta de acolher a todos sem distinção no seio da Igreja. “Vinde a mim todos que estais cansados e oprimidos” (Mateus 11:28). No entanto, dividir a obra da criação entre Deus e as propostas científicas para satisfazer o “modernismo” e a maioria dos preconceituosos cientistas foi um passo considerado excessivo.
Estamos cientes de que muitos, na busca de escapar das “amarras” das religiões, impulsionaram o movimento iluminista. Com Charles Darwin, assistimos ao que, para muitos, pareceu ser um desserviço à nossa fé cristã e à ciência. Recursos valiosos foram investidos em um progresso que muitos consideram contraproducente, refletindo sobre astros, a contração e a expansão do universo conhecido, buracos negros, buracos de minhocas e o tempo que a luz das estrelas leva para chegar à Terra. O ciclo de comprovações frequentemente não se completa, pois os estudiosos morrem antes de sua pesquisa ser concluída, e seus trabalhos frequentemente ficam esquecidos.
Há apenas duas possibilidades: Criação ou Evolução. Contudo, não há espaço para discussão nas universidades. E, como raciocinar é um dom raro, não por falta de habilidades daqueles que não querem pensar, mas sim por desídia, muitos aceitam passivamente o que lhes é ensinado.
Apesar do desenfreado desenvolvimento tecnológico, baseado na física quântica que lida com o micro (nanotecnologia), persiste o conflito entre evolução e criação, exceto para alguns cientistas, tanto atuais quanto do passado, que não se convenceram da proposta darwiniana.
Salvo opinião contrária, nossas limitações de fé resumiram inúmeras realidades que apontam para criação em apenas alguns argumentos, suficientes para nós acreditarmos que o mundo foi criado.
A proposta do Big Bang, que não foi provada, não pode ser chamada de teoria. Aceitar que um próton primitivo, cujo tamanho é incompreensível a olho nu (potência 10 elevada a menos 15), provocou uma explosão que formou tudo o que chamamos de universo é difícil de aceitar. A teoria do Big Bang passou por vários ajustes ao longo de bilhões de anos, buscando uma quantidade plausível, tudo isso sem evidência, pois “o nada não cria nada”.
A vida teria surgido espontaneamente de matéria inanimada, segundo a ciência evolucionista, em contrariedade ao processo da biogênese, que afirma que seres vivos provêm apenas de outros seres vivos através da reprodução. Ciência é o conhecimento que explica fenômenos que obedecem a leis verificadas por métodos experimentais. Quem fez as leis que regem a física, química, bioquímica etc.? Os cientistas? Lógico que não; elas foram descobertas por eles. Daí perguntamos: quem foi o legislador inteligente e perfeito? Com certeza, Deus.
Se nós, seres humanos, infinitamente insignificantes, porém dotados de inteligência, conseguimos dominar tudo que existe no mundo, exceto os fenômenos naturais, por que não acreditar em alguém incriado e imortal, maior do que tudo, que domina o todo?
A existência de Jesus Cristo é inegável para historiadores. Se tivéssemos evoluído de uma ameba, precisaríamos conhecer o Caminho, a Verdade e a Vida? Tudo que Ele fez foi oriundo de leis físicas estranhas e desconhecidas (milagres) que possibilitaram a realização de Seu ministério e o tornaram a centralidade e o paradigma de tudo.
Tradicionalmente e segundo a bíblia, somos corpo, alma e espírito; tudo indica que alma e espirito são a mesma coisa, sendo a alma dotada de potências para animar o corpo, a mente e o intelecto espiritual que nos liga ao Criador e quando morremos a alma se desliga e vai para o mundo espiritual pois o corpo não precisará mais das suas funções animando os processos orgânicos, (lemos definição parecida nos escritos de São Tomaz de Aquino).
Os animais protegem seus filhotes até que cresçam e se apartem; nós, homens – que não somos apenas instinto – protegemos e amamos nossos filhos, pais, irmãos, parentes e amigos, e sentimos saudades deles enquanto vivemos. Será que esse sentimento seria possível se fôssemos a evolução de qualquer coisa inanimada? O fato de apreciarmos o belo, o bom e o bem tem a ver com os bicos de pássaros, chamados tentilhões, das Ilhas Galápagos, que Darwin investigou por tantos anos, ou está relacionado com nossos paradigmas divinos?
O planeta Terra tem aproximadamente 1.800 especificidades que permitem sua proteção contra fenômenos universais. Um desajuste em relação à lua ou ao sol e a inclinação do planeta, mesmo milimétrico, provocariam catástrofes, levando à extinção de tudo na terra. No entanto, tais singularidades ainda não foram encontradas em outros planetas.
A primeira lei da termodinâmica diz que a energia do universo é constante, mudando apenas de forma para realizar trabalho. A segunda lei da termodinâmica afirma que tudo tende do organizado ao desorganizado; portanto, seria impossível uma explosão criar um universo tão perfeito.
A complexidade da vida, com exemplo do DNA da célula, que é um filamento de 2,4 metros de comprimento (se esticado) e um diâmetro de um milionésimo de milímetro, sendo que temos aproximadamente 37 trilhões de células e uma quantidade de códigos que não podem ser aleatórios – alguém escolheu esses códigos, e não foi o acaso, com certeza.
Não existe efeito sem causa, e não há causa que produza outra causa; portanto, a causa primária de tudo é Deus. Muitos perguntam: se Deus criou o universo, quem criou Deus? Deus apenas é. Antes Dele, não há genealogia, pois Ele não tem fim. Isso confirma que Deus é incriado.
A arqueologia e a paleontologia já mostraram que os fósseis encontrados, surgidos muitos anos após Darwin, não apresentam sinais de evolução. Para surpresa de muitos, há uma premissa, não divulgada, de que Dinossauros coexistiram com homens antigos, comprovados através de desenhos nas rochas e construções antigas.
Todos os calendários, cristão (3.700 a.C. e 2024 d.C.), Maias, Judeus e Chinês, giram em torno de 6.000 anos, enquanto a estimativa do Big Bang data a Terra em 4,5 bilhões de anos. O carbono-14 após 5.730 anos se reduz pela metade e a datação, segundo os estudos.
Na década de 80, uma cientista chamada Rebeca fez uma experiência com 150 pessoas de todas as raças e regiões do planeta, incluindo indígenas, aborígines, pigmeus e esquimós, colhendo material genético. Constatou-se a existência de um DNA mitocondrial que é passado a todos os seres humanos apenas pela mulher – a ciência sabe disso, mas calou-se – e concluiu-se que todas as etnias surgem de uma mesma mulher, ficando conhecido como Eva Mitocondrial.
Muitos questionam: se Adão e Eva tiveram dois filhos e Caim matou Abel, com quem ele se casou na terra de Node? Vejam que Adão e Eva tiveram outros filhos, embora a Bíblia mencione apenas o terceiro, Sete. Se lermos Gênesis, de Adão até Noé, notamos que as pessoas viveram até 969 anos, como Matusalém. A Bíblia não detalha personagens comuns, apenas icônicos. Se analisarmos Caim, ele pode ter se casado com uma irmã nascida de Adão, que viveu 930 anos. Agora, vamos imaginar o potencial de proliferação com tantos anos de vida.
Acreditamos que grandes cientistas atualmente refutam as propostas da evolução. Alguns afirmam, ainda que com cautela, que o universo e nós fomos planejados; e eles, para evitar mencionar Deus, chamam suas pesquisas de “design inteligente”.
Existem, de fato, variações entre as mesmas espécies, mas isso não significa que de uma vaca poderiam crescer asas. Essa questão, segundo Geneticista, Mendel, já foi bem esclarecida – gênios erram, e continuarão errando. Por isso, uma questão nos intriga: por que, para as mentes mais privilegiadas, o padrão destoa tanto, como no caso da cosmovisão? Podemos estar errados, mas sempre afirmamos que grandes egos ofuscam a razão, pois o orgulho reduz o espaço de todos que os rodeiam.
Estão aqui nossos argumentos, alguns adquiridos em livros, outros fruto de nosso raciocínio; e deixamos até uma brincadeira: os astrônomos vivem procurando vida inteligente em outros planetas. Será que não está na hora de procurarmos saber por que a inteligência na Terra está exaurindo? Parece que já está faltando inteligência neste planeta. Isso poderia ser uma nova proposta: a involução das espécies pensantes após tantas evidências?
Reiteramos nossos argumentos, dizendo que a distância da Terra e os astros mais próximos remetem a uma unidade de medida fora do comum; sendo impossível o deslocamento de um módulo espacial, por conta das leis do tempo-espaço e velocidade da luz. Se algum objeto pudesse alcançar a velocidade da luz, sua massa seria infinita; portanto, apenas a luz pode viajar a essa velocidade, pois não possui massa.
Vamos esquecer nossas limitações para desenvolver tal tecnologia. Imaginemos que, neste universo inumerável, haja planetas com técnicas mais avançadas do que as nossas. Se eles tivessem a capacidade de viajar desrespeitando todas as leis físicas descobertas por nós, e viessem à Terra, será que se esconderiam dos humanos sem comunicação? Somente tolos poderiam pensar assim. Algo que ultrapassasse a velocidade da luz, o que, teoricamente, significaria desmaterialização e materialização (segundo o princípio da incerteza do elétron); teriam receio de nós? Para nós, seria uma festa sem precedentes, uma visita dessa ordem, para ambos. Acreditem na lógica! O telescópio James Webb lança novas luzes sobre questões que antes eram consideradas verdades absolutas. Segundo o físico e astrônomo, Marcelo Gleiser, cientista brasileiro bastante premiado, até hoje não encontraram nenhum planeta habitável como é a terra.
Agora, para encerrar e desconstruir todo o ceticismo a respeito dos leitores das Escrituras Sagradas que acreditam no criacionismo: se Deus criou o universo e tudo que nele há, por que alguns não acreditam em alguns milagres da Bíblia, considerando-os simples alegoria? Quem pode o mais, pode o menos.
Quão Grande És Tu, Senhor!
Luiz Fernando Alfredo
11/2024
*O artigo não é de responsabilidade do blog.
Uma resposta
“..Na década de 80, uma cientista chamada Rebeca fez uma experiência com 150 pessoas de todas as raças e regiões do planeta, incluindo indígenas, aborígines, pigmeus e esquimós, colhendo material genético. Constatou-se a existência de um DNA mitocondrial que é passado a todos os seres humanos apenas pela mulher – a ciência sabe disso, mas calou-se – e concluiu-se que todas as etnias surgem de uma mesma mulher, ficando conhecido como Eva Mitocondrial..”
…
“..Que fique claro: a Eva mitocondrial não foi a primeira mulher da história.
Existiram diversas outras gerações anteriores, como a mãe, as avós e as bisavós dela — e, ao longo de milhões e milhões de anos de evolução, antepassados de outras espécies a partir das quais o Homo sapiens evoluiu.
‘Pode ser que, em algum momento, se continuarmos a fazer essa conta reversa, chegaremos aos nossos ancestrais comuns mais recentes que não eram Homo sapiens, mas algum outro hominídeo’ pontua – a
bióloga Gabriela – Cybis, professora do Departamento de Estatística da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)..”
Alguns consideram que alguns milagres da bíblia são alegoria porquê acreditar que Jonas ficou três dias e três noites orando de dentro de um peixe grande não parece muito literal..
e “..uma cientista chamada Rebeca..?”
Rebeca de quê? Qual ciência? Qual u… ah, deixa prá lá..
Parei de perder tempo